O Tarot descreve, nas suas cartas, as etapas do desenvolvimento da consciência e do exercício do ser humano. Utilizando a simbologia do Livro dos Mortos Egípcio, os Arcanos seguem o princípio de que todo Homem nasce provido de dons e conhecimentos herdados dos seus antepassados e que devem ser desenvolvidos para a realização da grande tarefa de contribuir para a evolução e o aperfeiçoamento do Universo. Conforme a doutrina egípcia, isso significa adquirir o poder sobre sua própria Alma, para que Osíris ceda a possibilidade da reencarnação.
A Grande Jornada, pelas Doze Vias do Saber, significa o processo da realização dos nossos dons, que se desenvolve durante sete anos. É como se a nossa vida fosse formada de várias vidas, cada uma delas com a duração de um setênio. E os Arcanos representam os passos deste processo.
O Império faraônico estava estruturado à base de símbolos. O sentido destes eram revelados metodicamente a cada classe e indivíduo, conforme a função que exerciam na estrutura e o progresso que faziam na aprendizagem. Primeiro eram passados os ensinamentos dos princípios universais, os Arcanos Maiores, que são os fundamentos que modelam o caráter, e concluindo os conhecimentos práticos. Nos estudos dos Arcanos, se seguia a mesma regra: primeiro o aluno devia se identificar com os símbolos de uma carta, depois relacionar a interação de todos eles em um só princípio da doutrina. Devia ir avançando arcano por arcano até conhecer o significado de todos eles e, então, obter o que se chamava de “preparação do fundamento”, passando, assim, a adquirir a ‘preparação do serviço”, esta última por meio do simbolismo dos Arcanos Menores. Os Arcanos menores estão vinculados a determinados passos iniciáticos. Eles representam melhor os elementos diferenciados através dos quais os princípios universais associados aos Arcanos Maiores atuam no mundo físico, motivo pelo qual, tendo o mesmo simbolismo e transcendência, têm menor importância doutrinária e maior aplicativa. O mais importante é que os egípcios convertiam a doutrina em prática e a preparação do fundamento entrava em serviço. Cada uma destas chaves continha:
![]() Arcano 9 – O Eremita  | 
Plano Espiritual: Na parte superior da carta: uma letra hebrea, uma mística e um signo egípcio. Também os atributos de uma divindade, símbolo de determinado dinamismo. Atua no plano espiritual. Mostra o objetivo, o futuro. O alvo a ser conquistado.Plano Mental: Na parte do meio: um desenho que interpreta em imagens o sentido desse dinamismo. Atua no plano mental. Mostra o momento presente. A chave para a compreensão do momento.Plano Material: Na parte inferior: os símbolos místicos, astrais, alfabéticos e cabalísticos através dos quais esse dinamismo cumpre seu encargo no Plano Físico. Mostra o passado, a história, o passo anterior a este momento.  | 
O baralho é dividido em dois grupos de cartas: os Arcanos Maiores e os Arcanos Menores. Os Arcanos são como perguntas básicas que ajudam em cada momento a organizarmos nossa relação com o mundo. Perguntas que nos ajudam a identificar os objetivos do momento que estamos vivendo, as potencialidades que temos para enfrentar a situação e as características do ambiente que estamos inseridos.
Os Arcanos Maiores são mais gerais, representam os conceitos mais abrangentes, e estão mais próximos dos nossos anseios e da nossa essência.
Os Arcanos Menores são mais simples, abrangem um número menor de associações e estão mais próximos das possibilidades que o meio oferece, ou seja dos fatos propriamente dito.
Podemos, ainda, dividir o Tarot em sete naipes, três dos Arcanos Maiores e os quatro convencionais dos Arcanos Menores: Paus, Copas, Espadas e Ouros. Sendo que nas figuras dos naipes dos Arcanos Menores encontramos um personagem a mais: Rei, Rainha, Soldado e o Escravo (estes dois últimos também podem ser chamados de Cavaleiro e Valete, ou até como no Tarot de Aleister Crowley, de Príncipe e Princesa).
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O personagem da Jornada do Autoconhecimento – o zero ou 22 | 
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Naipe do Espírito | 
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Naipe da Mente | 
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Naipe do Corpo
 
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Arcanos Menores | 
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Naipe de Paus 
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Naipe de Copas 
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Naipe de Espadas 
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Naipe de Ouros 
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Texto extraído do livro A Cabala da Predição Ed. Kier.
Na teogonia egípcia, Thoth era uma divindade secundária de caráter lunar que, havendo morado na Terra, ensinou aos homens a escritura e a divisão de tempo, e lhes revelou os mistérios cifrados nas medidas.
Era chamado de “duas vezes grande” pelos primitivos egípcios, em razão de que seus ensinamentos referiam-se a dois mundos – o oculto e o manifestado. E era denominado “três vezes grande” pelos continuadores de sua obra, em razão de que seus ensinamentos relacionam-se com os três planos em que se move o pensamento do homem e este identifica e expressa o quanto sua natureza é capaz de perceber e discernir.
Acredita-se que o conceito cosmogônico do Ano Divino e dos ciclos de evolução associados a este conceito são obra das doutrinas que Thoth transmitia pessoalmente a um grupo de escolhidos, sendo a ideia de construir monumentos resistentes à ação dos elementos e que assim, pudessem testemunhar as generalizações provenientes da verdade dessas doutrinas, a específica chave do conhecimento adiantado que o dito mestre deu aos seus discípulos a respeito das mutações dos tempos e ao florescimento e decadência que profetizou a civilização do Nilo.
Por ser de imenso valor o que o mestre ensinou de viva voz, a tradição dota da maior importância um livro que Thoth deixou escrito, e que, a julgar pelas referências que há sobre ele mesmo, contém aquela coisa que dá o conhecimento a todos os demais. De acordo com as ditas referências, nesse livro as divindades representam princípios universais. Os princípios universais expressam-se por meio de símbolos, os símbolos se interpretam por meio de números e os números se traduzem em ideias, que a mente conhece não pelo que é a ideia em si mesma, senão pela vínculo que tem com o princípio universal com que se relaciona.
Thoth, conhecedor de que o tempo não havia chegado para que os ensinamentos de tal modo cifrados cumprissem sua missão, trancou o livro em uma caixa de ouro, colocou a caixa de ouro dente de uma de prata, a de prata em uma de marfim, a de marfim, em uma de bronze, a de bronze em uma de cobre, a de cobre em uma de ferro e depositou esta última, contendo o livro e todas as demais caixas, no fundo do Nilo.
Há indícios de que nos “vasos de ouro e prata” que Moisés havia dito que os israelitas roubaram do Egito, estavam algumas das lâminas que compunham as páginas desse livro, e que ao conhecer o seu conteúdo, os sacerdotes mais chegados ao legislador hebreu fizeram, mais tarde, o fundamento da Cabala.
Parece ainda que o abade Anastácio Kircher, em uma viagem que fez ao Egito há uns 300 anos, obteve uma dessas lâminas, que pertenceu depois ao Cardeal Bembo, publicando-a Kircher em seu livro “A língua egípcia constituída, e servindo-se dos signos que contém como chave para decifrar numerosos hieróglifos, entre outros, e alguns murais de antiquíssimo templos, que resultaram corresponder a várias das lâminas do livro de Thoth.
Comparando as idéias expressas nos hieróglifos conhecidos e comparando o número da ordem deles em cada lâmina, pelo o que possuíam, pode-se restabelecer os que faltavam, e novamente reunida e estudada toda a coleção, os investigadores de distintas escolas adaptaram as conclusões às suas respectivas doutrinas, e embora para alguns tratava-se de um livro que encerra ou declara os mais profundos mistérios. Para outros, não passou de ser um objeto de entremetimento, chegando a converter, para os primeiros, entre eles Couro de Gevelyn, Etteilla e Paus, em um arcano cujo simbolismo tem seus equivalentes nos elementos primários que formam a inteligência humana. E para os segundos – a imensa maioria – em uma série de naipes cuja combinação se presta aos mais variados jogos de azar.
Ao tomarmos o simbolismo do Livro de Thoth como possível chave que facilita a predição por inspiração psíquica, o fazemos dentro do ponto de vista dos primeiros, isto é, aos que aceitam que os princípios universais estão representados nestas lâminas por divindades, as divindades pelos signos, os signos por números, e estes pelo que há na inteligência humana que compreende o sentido de todo ele.
Dentro deste ponto, de vista cada lâmina de Thoth é todo um compêndio de ideogramas, que sendo a expressão de conceitos universais para a mente, não só abre a compreensão destes conceitos, como atualiza momentaneamente certas faculdades e põe em movimento o automatismo que permite exercitá-los para determinados propósitos.
Vejamos as facilidades com que o método concorre para atingir este fim.

Em cada setênio, nós realizamos sete tarefas – três a nível interior e quatro para a nossa relação com o exterior, com a comunidade. As três tarefas internas são expressas nos três naipes dos Arcanos Maiores.
Os Arcanos do Mago, #1, da Justiça, #8, da Paixão, #15 e os Reis, são as primeiras cartas de cada um dos naipes. Elas indicam o objetivo da tarefa. Já a última carta de cada naipe, como o Arcano do Triunfo, #7, da Temperança, #14, da Transmutação, #21, e os Áses, indicam o trabalho realizado.
O Regresso, ou mais conhecido como ” O Louco”, é considerada a carta sem número, o Zero ou a carta #22. Ela representa o Homem. No Tarot Egípcio ela significa o Homem na transição de uma vida para a outra (setênio). Por isso, ela não está incluída nos naipes.
Estrutura dos Naipes
Para analisar o Tarot, podemos dividi-lo em pirâmides que representam as fases básicas do desenvolvimento das tarefas da Grande Obra do setênio.
Utilizando todos os Arcanos Maiores, teremos duas fases básicas: com os Arcanos de 1 à 11 formamos uma lateral (um dos catetos do triângulo). A outra lateral, com os Arcanos de 12 a 21. A carta 22 é não participa de nenhuma organização para estudo, porque ela é como se fosse o coringa. Ela é o símbolo do próprio Homem, do consulente que vai viver cada passo descrito pelos Arcanos.
Na análise da pirâmide, a face direita corresponde ao carma. Refere-se ao processo do ser humano descobrir as suas potencialidades e encontrar uma forma de utilizá-las, promovendo o desenvolvimento da humanidade.
A face esquerda, a descida da pirâmide, corresponde ao dharma, ou seja, o Homem já tendo realizado o carma e, então, exercendo seus dons e promovendo sua missão. Até o Arcano da Persuasão, #15, você aprendeu a lidar com as suas capacidades. O dharma é o exercício desses e o usufruto dons. A contribuição e o reconhecimento, a gratificação e o crescimento conjunto.
Esta mesma divisão é aplicada no estudo dos naipes em conjunto, como, por exemplo, a pirâmide dos Arcanos Menores, onde Paus e Copas formarão o Carma e os naipes de Espadas e Ouros o Dharma.
Como a estrutura da pirâmide ajuda muito na análise dos Arcanos nos naipes, segue nas páginas seguintes a ilustração delas
Na pirâmide dos Arcanos Menores, as figuras são isoladas porque elas são a representações do consulente, como o Arcano do Regresso. E o Ás fica fora também, por ser o objetivo do naipe (o início e o fim do processo). Assim ela é formada apenas pelos Arcanos de 10 a 2.
As Figuras
Elas representam as quatro forças que temos para a realização de cada tarefa.
| A força da definição dos objetivos | Manifestação do instrumento do naipe | A força da Vontade | A força da Necessidade | 
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As cartas do naipe do Espírito representam a identificação de cada um dos instrumentos básicos do ser, as habilidades que temos e precisamos para nossa jornada aqui.

O trabalho do naipe da Mente é o de identificar os dons, as especialidades do nosso Ser e, a partir deles, criar e inserir personagens dentro do ambiente ao qual pertencemos.

O trabalho do naipe do Corpo é o de Incorporar-se a si mesmo e, assim, promover o aperfeiçoamento do universo. O Espírito penetrando (e agindo) através do corpo, ou o livre-arbítrio, que seria a ação do Homem na realização da evolução e no aperfeiçoamento do nosso Universo, que é o ambiente em que vivemos.


Os naipes dos Arcanos Menores estão diretamente ligados ao Arcano do Mago, #1, e ao Arcano do Regresso, #22.
A história do tarot é como se fosse um menino que entrou na escola da vida, inicia no Arcano do Mago, onde vai entrar em contato com os quatro instrumentos básicos que lhe vão servir para realizar a sua missão. Cada instrumento representa uma tarefa, que vai ser descrita por um naipe dos Arcanos Menores, e vai trazer como recompensa um atributo representado no Arcano do Regresso.
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O primeiro instrumento está na mão do menino: um bastão, que é o símbolo do arado. Simboliza a capacidade de produzir os próprios alimentos.

Utilizando-se deste instrumento, ele vai conquistar o cajado que representa o rebanho, da carta #22.

Assim, esse trabalho de conquistar a sua sobrevivência estará simbolizado no naipe de Paus.

Copas – Relações
A segunda tarefa inicia-se com o Vaso.

Através deste instrumento, o Homem tem que encontrar seus dons e formar um personagem que o represente dentro da sociedade, ou seja, ele tem que conquistar a Pele de Leopardo do último Arcano, que significa a conquista do seu espaço na sociedade.


Espadas – Realização do Carma
O terceiro instrumento é a Espada.

Utilizando-se dos dons, representados por ela o Homem tem que realizar sua missão, a de promover a evolução e o aprimoramento das potencialidades da humanidade, que são simbolizadas no seu estado bruto pelo Crocodilo dominado, na carta 22.


Ouros – Consciência e Uso da Energia
A quarta tarefa é representada pela moeda, que representa os conhecimentos que devem ser utilizado para adquirir-se o saber da Chave da Sabedoria, do Arcano do Regresso.
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Ao longo da minha trajetória, fui desenvolvendo vários tipos de jogos com as cartas — cada um surgindo naturalmente, com base na minha escuta atenta durante os atendimentos e na prática diária com os arcanos.
O primeiro deles, criado lá no comecinho da minha caminhada, foi o Mapeamento Psíquico. Ele é uma leitura em forma de linha do tempo, cobrindo 16 meses: 8 meses passados e 8 futuros. Utilizo 26 cartas nessa disposição. Esse foi meu método principal por mais de 20 anos — e durante esse período, atendi presencialmente apenas com ele.
Quando me mudei para os Estados Unidos, em 1996, senti a necessidade de adaptar esse jogo, primeiro para os atendimentos por telefone e, depois, para a internet (em 1998). Foi assim que nasceu uma versão mais enxuta do Mapeamento, com uma linha do tempo reduzida para 12 meses — 6 meses para trás e 6 para frente — usando 21 arcanos. Essa adaptação manteve a profundidade da leitura, mas tornou a consulta mais leve e ágil, ideal para o novo formato.
Mais adiante, percebi que eu conseguia identificar com muita clareza outras pessoas dentro do Mapeamento — parceiros, familiares, colegas — o que me levou a criar a Sinastria da Pirâmide, um jogo focado em explorar melhor a energia entre duas pessoas. Ele é especialmente indicado para relações afetivas, familiares ou até profissionais.
Com o tempo, fui sentindo também a necessidade de abordar temas mais específicos. Foi então que surgiram as Mandalas, cada uma com um propósito claro:
Mandala da Chave do Sucesso, para quem busca orientação vocacional ou deseja compreender melhor sua missão;
Mandala Magia do Amor, ideal para quem está solteiro(a) e quer olhar com profundidade para sua vida afetiva;
Mandala Fluxo do Amor, voltada para relações que ainda não começaram, ou que estão apenas no início.
Em todas as consultas, preparo uma ficha com as anotações dos arcanos do jogo, gravo e fotografo a leitura, e depois armazeno tudo em nuvem. O cliente recebe um link com senha para acessar quando quiser — com total privacidade e segurança.
E tem um detalhe muito importante no meu jeito de atender: eu começo a leitura falando o que vejo. As cartas me contam uma história, e é essa história que eu compartilho primeiro, antes de qualquer pergunta.
Faço isso justamente para preservar a integridade da leitura, sem que as dúvidas iniciais do consulente interfiram ou direcionem a consulta. Só depois dessa escuta é que o cliente pode fazer as perguntas que sentir vontade — e aí o diálogo flui com mais clareza, verdade e profundidade.

Ordene as cartas numericamente, separando os Arcanos Maiores dos Arcanos Menores.
Dê os dois blocos separados para a pessoa cortar.
Os Arcanos Maiores devem ser cortados com a mão esquerda e os Menores com a direita. Marque esses dois cortes.
O corte dos Arcanos Maiores dará a síntese do passado, e o corte dos Menores dará a síntese do futuro.
A pessoa deve ficar alguns minutos com as mãos sobre os montes.
A mão esquerda sobre os Maiores e a direita sobre os Menores.
Lembre-se de que tudo o que for feito com os Arcanos Maiores deve se feito com a mão esquerda: cortar e retirar as cartas do leque. E tudo o que for feito com os Menores, com a mão direita. Exceto embaralhar que, logicamente, deve ser feito com as duas mãos.
Depois, peça para o consulente embaralhar os Arcanos Maiores, quanto ele quiser.
Marque a carta que ficou no final do monte, depois de embaralhado, e peça para cortar novamente, marcando a carta do corte.
A primeira dará a síntese do passado e a segunda, do futuro.
Abra os Arcanos Maiores em um leque e avise ao consulente que você fará uma série de perguntas, que ele não vai responder, mas sim vai tirar uma carta para cada pergunta, para que o Tarot responda as questões.
Avise-o ainda sobre o tempo, calculando os oito meses para trás e oito meses para frente. Por exemplo, o jogo vai começar há oito meses atrás e segue para os próximos oito meses. Então, faça as perguntas, uma a uma, e conforme ele for tirando as cartas, você vai colocando as cartas na posição correta, de acordo com o Esquema 1 da tiragem do jogo. O número da pergunta corresponde ao número da posição do Esquema 1.
Perguntas dos Arcanos Maiores:
Quem é você neste momento da sua vida?
Para onde você vai, o que está querendo conquistar?
O que aconteceu no passado (nestes últimos 8 meses)?
O que está acontecendo no presente?
O que vai acontecer no futuro (nos próximos 8 meses) ?
Como começou esta situação que você está vivendo agora?
Como esta situação veio se desenvolvendo até hoje?
Quais serão os próximos passos?
O que esperar do futuro ?
Depois, peça ao consulente para embaralhar os Arcanos Menores.
Marque a carta que ficou no final do monte depois de o consulte o ter embaralhado. Peça, então, para que ele corte, marcando esta carta. A primeira carta dará a síntese do passado. A segunda, dará a síntese do futuro.
Distribuição dos Arcanos Menores
Peça para o consulente dividir, como quiser, os Arcanos Menores em quatro montes.
Cuide apenas para que eles tenham mais de quatro cartas.
Caso o consulente tenha deixado algum desses montes com menos do que quatro cartas, peça para que ele faça redivisão.
Então, peça para que o consulente distribua esses quatro montes nas quatro posições referentes às perguntas 6, 7, 8 e 9.
Marque a última carta do monte.
A posição de cada uma dessas cartas vai dar a síntese de quatro meses correspondentes aos blocos do Início, Desenvolvimento, Auge e Final da situação.
Como definir o tempo
Cada Arcano Menor corresponde a um mês. Coloque a data do jogo entre as cartas das posições 17 e 18 do Esquema 1. Depois, vá marcando e acrescentando um mês da data do jogo para cada Arcano Menor, da esquerda para a direita. E diminuindo um mês da direita para a esquerda, como no exemplo.
Portanto, o jogo compreende de dezesseis meses: oito meses passados e oito meses futuros. Sendo que o marco da divisão do tempo que cada Arcano Menor abrange é o dia do jogo.
Exemplo:
Como definir o tempo Para um tarot hoje:
O Arcano da 18ª posição, vai corresponder a um mês, iniciando hoje e terminando no dia do próximo mês.
O Início: Pegue o primeiro bloco, correspondente à pergunta 6 – O Início. Peça para o consulente tirar quatro cartas, entregando-lhe uma por uma, para não perder a ordem das cartas, para explicar como começou a situação que ela está vivendo agora. Coloque as cartas nas posições 10, 11, 12 e 13.
O Desenvolvimento: faça o leque com o segundo bloco, correspondente à pergunta 7 – O Desenvolvimento da situação, e peça para o consulente tirar quatro cartas para descrever como a situação veio se desenvolvendo até hoje. Ele deve dar-lhe carta por carta, para que você vá colocando-as nas posições 14, 15, 16 e 17, respectivamente.
O Auge: proceda da mesma forma com o terceiro bloco, respondendo à pergunta sobre descrever qual é o auge que a situação irá chegar, preenchendo as posições 18, 19, 20 e 21.
O Final: da mesma forma, com o quarto bloco, quatro cartas para descrever o Final do processo. Preenchendo as posições: 22, 23, 24 e 25.

Perguntas:
1 – Quem é você
2 – Para onde você vai?
3- O que aconteceu no passado (8 meses passados)?
4- O que está acontecendo agora?
5 – Como vai ser o futuro? (próximos 8 meses)
6- Como essa fase se iniciou?
7 – Como essa fase vem se desenvolvendo?
8 – Quais serão os próximos passos?
9 – E o futuro?
10, 11, 12, 13 e C1 descrição do início
14, 15, 16, 17 3 C2 descrição do desenvolvimento
18, 19, 20, 21 e C3 descrição do próximos passos
22, 23, 24, 25 e C4 descrição do futuro
Como Realizar a Leitura
A ordem da leitura das cartas do Jogo se dá diferente da ordem de retirada das cartas.
A Interpretação do jogo, inicia pelo Tema do jogo e depois continua acompanhando temporalmente os blocos.
Veja os passos na tabela abaixo:
1* e 2* posição – Tema do jogo
da 3* à 8* – passado – explicações do período de 8 a 4 meses antes da data do jogo.
C1 síntese do período
da 9* à 14* – presente passado – explicações dos 4 últimos meses antes da data do jogo.
C2 síntese do período
da 15* à 19* – presente futuro – explicações dos 4 meses após à data do jogo
C4 síntese do período
da 20* à 25* futuro – explicações dos 4 `a 8 meses depois da data do jogo
C4 síntese do período
C síntese de todo o período dos 16 meses


Para fazer a interpretação de um jogo, as associações entre as cartas são extremamente importantes. É essencial levar isso em consideração e sempre ponderar o significado de cada carta observando aquelas que estão ao seu redor.
Quanto mais cartas forem utilizadas no seu método, mais informações estarão disponíveis — e, a partir da combinação entre elas, será possível definir os fatos com mais precisão.
Não utilizo cartas invertidas, porém, algumas cartas podem ter seu significado reforçado ou até invertido dependendo da sua posição em relação a outras — especialmente quando aparecem antes ou depois de um Ás, ou de uma carta de libertação (como as cartas 40, 47, 57, 62 e 76).
A seguir, apresento exemplos de algumas associações principais com essas cartas.
Associação de cartas com pessoas
Associações de figuras:
Para identificar pessoas, procure as figuras do jogo, as damas representam mulheres, ou pessoas que se identificam como, e os reis significam homens e aqueles que se identificam com o masculino.  Já os valetes e os escravos servem para ambos os sexos.
O fato de aparecerem várias figuras no mesmo jogo, não quer dizer, necessariamente, que o consultante tem várias relações. Por exemplo, todos os reis para mulher, ou todas as damas para o homem, significam, a maioria das vezes, o contrário, ou seja, uma só pessoa – a alma gêmea – salvo se a carta 6 ou a 18 estiverem no jogo, mostrando duas pessoas. Nesse caso, vai depender da conversa e da sua sensibilidade para identificar quais figuras significam quais pessoas. Baseie-se, para isso, na descrição da personalidade de cada figura e vá compondo os personagens da história da pessoa. Você pode utilizar os significados de outras cartas do jogo para identificar o caráter das pessoas que estão ao redor do consulente.
Veja o capítulo seguinte como base para identificar o temperamento dessas pessoas.
Associação de cartas com aspectos da personalidade
As cartas que aparecem em um jogo representam dons e capacidades que o consulente é portador. A seguir, são descritas as mais comuns, com seu significado resumido em palavras- chave que representam essas potencialidades da pessoa.
Veja alguns exemplos:
1- O Mago: Iniciador, pioneiro. Sólido, estável.
2 – A Sacerdotisa: Maternidade. Sensibilidade.
3 – A Imperatriz: Organização. Administração.
5 – O Hierarca: Materialização. Concretização
10 – A Retribuição: Dedicação a família e/ou política
11 – A Persuasão: Sensibilidade. Força de vontade. Decisão .Magia.
15 – A Paixão: Ousadia. Coragem. Atração pelos desafios.
23 – Rei de Paus – O Lavrador: Organização. Persistência. Capacidade de estabelecer e cumprir etapas no trabalho. Muita concentração. Trabalhador. Realizador. Concretizador.
24 – Rainha de Paus – A Tecelã: Organização. Paciência. Prendas domésticas. Maternidade.
25 – O Argonauta: Empreendedor. Ousadia. Atração por viagens e aventuras.
27 – O Inesperado: Presença de espírito. Facilidade de lidar com imprevistos. Atração pelo desconhecido. Viagens.
28 – A Incerteza: Versatilidade. Capacidade e vontade de realizar várias coisas ao mesmo tempo.
29 – A Domesticidade: Dom de trabalhar com a natureza, como lidar com plantas, animais, e no corpo humano, tanto na medicina como na área da massagem e na área das.
30 – O Intercâmbio: Habilidade para vendas. Bom relacionamento com as pessoas.
31 – O Impedimento: Capacidade de concentração. Muito empenho na construção dos alicerces básicos.
32 – Magnificência: Valorização de si mesmo, e das estruturas que já conquistou.
Jogue agora Tarot em Duplas
Porque é no passado que começa o futuro.
Sim, você pode fazer a parte teórica no seu tempo na plataforma online, e depois participar dos grupos de estudos para praticar.

